segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sono: quando os olhos se fecham

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Passamos um terço de nossa existência dormindo. É o tempo que o nosso cérebro necessita para colocar a casa em ordem.
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Os golfinhos dormem com apenas um hemisfério do cérebro de cada vez. Enquanto um repousa, o outro dá plantão, assumindo as tarefas da vigília. Já com o ser humano, o sono é implacável.
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Quando chega a hora, um grupo de neurônios no tronco cerebral desencadeia uma série de estímulos que atingem primeiro a região próxima à testa, responsável pela atenção. Em seguida, esses estímulos se espalham pelo resto do córtex, ordenando que é hora de o corpo parar. Só o corpo. O cérebro aproveita, então, para trabalhar com sossego. Os batimentos do coração se tornam mais lentos e a pressão sangüínea cai.
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Dividido em estágios, o sono tem múltiplas utilidades. Ele relaxa os músculos cansados e estimula a secreção do hormônio do crescimento –que, nos adultos, serve para a regeneração dos ossos. Outra função importante é construir a memória. “É quando o cérebro faz uma revisão dos arquivos”, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Ele reorganiza as informações e deleta o que não interessa.” Isso se faz durante os sonhos, que só ocorrem numa fase do sono chamada REM –sigla em inglês de Rapid Eye Movement, ou “movimento rápido dos olhos”.